1. (PAEBES) Leia o texto abaixo.
O HOMEM DO OLHO TORTO
No sertão nordestino, vivia um velho chamado Alexandre. Meio caçador, meio vaqueiro, era cheio de conversas – falava cuspindo, espumando como um sapo-cururu.
O que mais chamava a atenção era o seu olho torto, que ganhou quando foi caçar a égua pampa, a pedido do pai. Alexandre rodou o sertão, mas não achou a tal égua.
Pegou no sono no meio do mato e, quando acordou, montou num animal que pensou ser a égua. Era uma onça. No corre-corre, machucou-se com galhos de árvores e ficou sem um olho. Alexandre até que tentou colocar seu olho de volta no buraco, mas fez errado. Ficou com um olho torto.
RAMOS, Graciliano. História de Alexandre
No trecho “Alexandre rodou o sertão, mas não achou a tal égua”, a palavra destacada significa
a) percorreu.
b) rodopiou.
c) analisou.
d) girou.
2. Leia o texto a seguir e, após, responda à questão.
Inauguração dos cinco quilômetros iniciais do metrô do Rio de Janeiro, ligando as estações Glória e Praça Onze
Cara, andar de metrô é muito legal! Ele é rapidinho e vai de uma estação a outra num piscar de olhos. Eu acho o máximo!
A população carioca, que precisava de um bom serviço de transporte há um bom tempo, ganhou o metrô em março de 1979. A inauguração deve ter sido um festão, com bandeirinhas, discurso […], etc.
No começo, eram apenas cinco estações: Praça Onze, Central, Presidente Vargas, Cinelândia e Glória. Além disso, só havia quatro trens de quatro carros, que passavam mais ou menos de oito em oito minutos e funcionavam das 9 às 15 horas apenas. Nos primeiros dez dias, gente para chuchu andou de metrô: mais de meio milhão de pessoas. A estação mais movimentada foi a Cinelândia.
http://zip.net/YXG
Nesse texto, o trecho que marca uma opinião é:
a) “Cara, andar de metrô é muito legal!”.
b) “A população carioca […] ganhou o metrô em março de 1979.”
c) “No começo, eram cinco estações: …”.
d) “Além disso, […] havia quatro trens de quatro carros…”
3. (SAEPE). Leia o texto abaixo.
O Fazendeiro, seu Filho e o Burro
Um fazendeiro e seu filho viajavam para o mercado, levando consigo um burro. Na estrada, encontraram umas moças que riram e zombaram deles:
– Já viram que bobos? Andando a pé, quando deviam montar no burro?
O fazendeiro, então, ordenou ao filho:
– Monte no burro, pois não devemos parecer ridículos.
O filho assim o fez. Daí a pouco, passaram por uma aldeia (…) e uns velhos que comentaram:
– Ali vai um exemplo da geração moderna: o rapaz, muito bem refestelado no animal, enquanto o velho pai caminha, com suas pernas fatigadas.
– Talvez eles tenham razão, meu filho, disse o pai. Ficaria melhor se eu montasse e você fosse a pé. Trocaram então as posições.
Alguns quilômetros adiante, encontraram camponesas, as quais disseram:
– A crueldade de alguns pais para com os filhos é tremenda! Aquele preguiçoso, muito bem instalado no burro, enquanto o pobre filho gasta as pernas.
– Suba na garupa, meu filho. Não quero parecer cruel, pediu o pai.
Assim, ambos montados no burro, entraram no mercado da cidade.
– Oh!! Gritaram outros fazendeiros que se encontravam lá. Pobre burro, maltratado, carregando uma dupla carga! Não se trata um animal desta maneira. (…) Deviam carregar o burro às costas, em vez de este carregá-los.
O fazendeiro e o filho saltaram do animal e carregaram-no. Quando atravessavam uma ponte, o burro, que não estava se sentindo confortável, começou a escoicear com tanta energia que os dois caíram na água.
Fábulas de Esopo. www.clubedobebe.com.br
O problema que dá origem à essa história é
a) o fazendeiro e seu filho queriam agradar a todas as pessoas e não conseguiam.
b) o fazendeiro e seu filho precisavam chegar rapidamente ao Mercado da Cidade.
c) o burro estava muito cansado de caminhar.
d) o burro estava sendo muito maltratado.
4. Leia o texto a seguir e, após, responda à questão.
Princesa Nenúfar Elfo-Elfa
Nasceu já bem pálida, de olhos claros e cabelos loiros, quase brancos. Foi se tornando invisível já na infância e viveu o resto da vida num castelo mal-assombrado, com fantasmas amigos da família. Dizem que é muito bonita, mas é bem difícil de se saber se é verdade.
SOUZA, Flávio de
A opinião das pessoas sobre a princesa é de que ela
a) é muito bonita.
b) é pálida, de olhos claros.
c) tem cabelos quase brancos.
d) vive num castelo.
5. (Saresp). Leia o texto.
PIADINHA DE ESCOLA
Professora:
— Roberto, conjugue o verbo ir no presente.
— EU…VOU, tu…vais, ele…vai…
— Mais rápido, mais rápido!
— Nós corremos, vós correis, eles correm!
ROCHA, Ruth
O efeito de humor do texto é provocado pelo fato de
a) Roberto não saber conjugar o verbo ir.
b) a professora pedir para Roberto conjugar o verbo ir.
c) a professora pedir para Roberto falar mais rápido.
d) Roberto entender de forma equivocada o pedido da professora.
6. Leia o texto a seguir e responda à questão.
A partir da leitura verbal e não verbal, conclui-se que:
a) os cadeirantes não podem usar banheiros públicos.
b) existem locais que não são adaptados para cadeirantes.
c) existem cadeiras de rodas que passam por portas estreitas.
d) os bebedouros devem ser colocados próximos aos banheiros.
7. Leia o texto e, após, responda à questão.
A menina do texto:
a) chora de tristeza ao verificar que está trocando os dentes.
b) está trocando os seus dentes de leite e não gosta disso.
c) reclama da dor que sente ao trocar os dentes.
d) usa o espelho para observar a beleza dos seus dentes.
8. Leia o texto e, após, responda à questão.
O espetáculo inédito do Circo Doce Mel vai começar:
a) pela manhã.
b) à noite.
c) à tarde.
d) de madrugada.
9. Leia o texto a seguir e, após, responda à questão.
Briga de irmão
Com o nascimento do Mário Márcio no ano passado, tive de dar um gás no trabalho. O dinheiro que eu ganhava passou a ser pouco para alimentar duas crianças e dois adultos. Decidi correr atrás de clientes maiores oferecendo o serviço de assessoria de imprensa, um trabalho que pode ser feito em casa, sem maiores danos à minha vida de mãe e dona de casa.
Mas Mário Márcio não deixa ninguém trabalhar. Tudo o que Maria de Lourdes teve de quietinha, Mário Márcio tem de chorão, manhoso, grudento, agitado. Virou meu xodó, mas às vezes cansa. O menino exige demais de mim. E não tem se dado muito bem com a irmã.
— Mãe, o Máio Máxio pegou minha bola.
A reclamação tem hora para começar: acontece sempre que estou no meio de um raciocínio, no meio de uma frase.
Thalita Rebouças. Fala sério, mãe! Rio de Janeiro: Rocco, 2004.
No trecho: “Com o nascimento do Mário Márcio no ano passado, tive de dar um gás no trabalho”. A expressão “dar um gás” significa
a) manter o interesse.
b) dedicar-se ao máximo.
c) despreocupar-se.
d) diminuir o ritmo.
10. Leia o texto a seguir e, após, responda a questão:
A cachorrinha
Mas que amor de cachorrinha!
Mas que amor de cachorrinha!
Pode haver coisa no mundo
Mais branca, mais bonitinha
Do que a tua barriguinha
Crivada de mamiquinha?
Pode haver coisa no mundo
Mais travessa, mais tontinha
Que esse amor de cachorrinha
Quando vem fazer festinha
Remexendo a traseirinha?
Uau, auau, uau, auau!
Uau, auau, uau, auau!
https://www.escritas.org/pt/t/8598/a-cachorrinha
O verso “Uau, uau, uau, uau!” representa o barulho:
a) do remexer da traseirinha.
b) do latido da cachorrinha.
c) dos movimentos da barriguinha.
d) dos passos da cachorrinha.
11. Leia o texto e, após, responda à questão.
Conversa fiada
Era uma vez um homem muito velho que, por não ter muito o que fazer, ficava pescando num lago.
Era uma vez um menino muito novo que também não tinha muito o que fazer e ficava pescando no mesmo lago.
Um dia, os dois se encontraram, lado a lado na pescaria, e no mesmo momento, exatamente no mesmo instante, sentiram aquela puxadinha que indica que o peixe mordeu a isca. O menino puxou com força e precisão. O velho usou mais precisão e menos força.
Quando apareceram os respectivos peixes, porém, decepção: o peixe do menino era muito velho e o peixe do velho era muito novo!
O velho disse para o menino:
– Você não pode pescar esse peixe tão velho! Deixe que ele viva o pouco da vida que lhe resta.
O menino respondeu:
– E o que você vai fazer com este peixe tão novo? Ele é tão pequeno… deixe que ele viva mais um pouco!
O velho e o menino olharam um para o outro e, sem perder tempo, jogaram os peixes no lago.
Ficaram amigos e agora, quando não têm muito o que fazer, vão até o lago, cumprimentam os peixes e matam o tempo jogando conversa fora.
Fonte: FRATE, Diléa
A expressão destacada no trecho “Ficaram amigos e agora, quando não têm muito o que fazer, vão até o lago, cumprimentam os peixes e matam o tempo jogando conversa fora” tem o mesmo sentido de:
a) conversar sobre qualquer coisa.
b) discutir sobre um assunto interessante.
c) gritando às margens do lago.
d) conversar usando um linguajar culto.
12. Leia o texto.
A Ceia
O restaurante era moderno e pouco frequentado, com mesinhas ao ar livre, espalhadas debaixo das árvores. Em cada mesinha, um abajur feito da garrafa projetando sobre a toalha de xadrez vermelho e branco, um pálido círculo de luz.
A mulher parou no meio do jardim.
– Que noite!
Ele lhe bateu brandamente no braço.
– Vamos, Alice…. Que mesa você prefere?
Ela arqueou as sobrancelhas.
– Com pressa?
– Ora, que ideia…
Sentaram-se numa mesa próxima ao muro e que parecia a menos favorecida pela iluminação. Ela tirou o estojo da bolsa e retocou rapidamente os lábios. Em seguida, com gesto tranquilo, mas firme, estendeu a mão até o abajur e apagou-o.
– As estrelas ficam maiores no escuro.
Ele ergueu o olhar para a copa da árvore que abria sobre a mesa um teto de folhagem.
– Daqui não vejo nenhuma estrela.
– Mas ficam maiores.
Abrindo o cardápio, ele lançou um olhar ansioso para os lados. Fechou-o com um suspiro.
– Também não enxergo os nomes dos pratos. Paciência, acho que quero um bife. Você me acompanha?
Ela apoiou os cotovelos na mesa e ficou olhando para o homem. Seu rosto fanado e branco era uma máscara delicada emergindo da gola negra do casaco. O homem se agitou na cadeira.
Tentou se fazer ver por um garçom que passou a uma certa distância. Desistiu. Num gesto fatigado, esfregou os olhos com as pontas dos dedos.
– Meu bem, você ainda não mandou fazer esses óculos? Faz meses que quebrou o outro e até agora…
– A verdade é que não me fazem muita falta.
– Mas a vida inteira você usou óculos.
Ele encolheu os ombros.
– Pois é, acho que agora não preciso mais.
– Nem de mim.
– Ora, Alice…
TELLES, Lygia Fagundes
No trecho “– Também não enxergo os nomes dos pratos.” (19ª linha), a palavra destacada estabelece uma relação de:
a) conclusão.
b) condição.
c) oposição.
d) soma.
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GABARITO
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